O quarto quente de paredes feitas em tule vermelho fogo, esconde dois corpos efervescentes viciados nas palavras que os seus olhos enebriados emanam..
Como a atracção inevitável dos pólos negativo e positivo, a pele de um reclama o toque do outro... que não resiste ao pecado de se deixar tocar.
Primeiro as pontas dos dedos. Leves, leves como se tocassem algo pela primeira vez. O arrepio na nuca e o sistema nervoso central começa a agitar-se.
Depois as palmas das mãos coladas, originam dedos entrelaçados e 4 braços emparelham-se trazendo consigo as peles nuas, expectantes uma da outra, que tremem aquando do toque.
A respiração sustem-se e duas almas abraçam-se com a leveza de penas e a intensidade de encaixe magnético perfeito.
São serpentes bailarinas, que rodam e se enroscam como se tentassem penetrar totalmente uma na outra. Das entranhas de ambas saem gemidos de luxúria, rios de prazer e emoções de êxtase descontrolado.
A ressaca, o vício, o pecado, a viagem...
Acho esta versão um zilião de vezes melhor do que a melodia original. Outra moça, por quem me apaixonei ;)
